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PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS



   Algumas pessoas dizem que sou muito severo quando critico o ex-presidente Lula. Respondo que tenho motivos para isso e que muito severo foi ele ao aplicar política e lei de Fernando Henrique Cardoso em relação aos aposentados, lei que ele poderia ter revogado, mas teve uma atitude de traição ao que antes prometera, ou seja, tirou a máscara. Digo ainda, que uma coisa é respeitar uma pessoa e outra muito diferente é concordar com tudo que essa pessoa diz e faz, por fim ter uma atitude não de admirador, mas de bajulador e é isso que eu tenho visto em muitos dirigentes sindicais.
   O fato é que, não podemos de forma alguma abdicar do direito de pensar com nossa própria cabeça, não podemos ver as coisas erradas e calar, quando necessário devemos criticar sim e a critica deve estar a altura dos desmandos cometidos e do não cumprimento da palavra empenhada. Quem revê as entrevistas do Lula quando era candidato verifica que ele tinha respostas para todas as questões, chegando a dizer num programa de auditório que era possível fazer com que os aposentados do Brasil tivessem uma vida tão confortável e digna como os aposentados europeus. Quem quiser conferir o que estou dizendo é só clicar em www.youtube.com, entrevista do Lula no show de calouros do programa Silvio Santos.
   Quem rever esta entrevista e comparar com o que ele fala hoje, pensará que se trata de outra pessoa, que hoje não sabe de nada, não tem resposta para coisa alguma, não fala, não vê, não ouve, diz que foi traído, mas não diz por quem. Embora fosse presidente não sabia das tramoias praticadas pelo seu chefe da Casa Civil. Dá para acreditar? E esse grupo desmascarado e condenado pela justiça fala hoje em julgamento político e defende com tanto vigor pretensa inocência que é como se afirmassem: fizemos um plano tão perfeito, como é que eles conseguiram desvendar? Um deles falou do seu passado de luta contra a ditadura, quase que como justificativa para as malfeitorias atuais, no que foi rebatido por uma das ministras do Supremo que disse “você não está sendo julgado pelo que fez no passado, mas pelo que fez no presente”. Perfeito, mas tudo isso o ex-presidente não viu! Não viu também o caso da Petrobrás onde a cada “explicação” dada pelos envolvidos mais confusa fica a história. Ele a exemplo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e da atual presidente só sabem agir contra os aposentados rebaixando seus benefícios ano a ano e com essa prática atentando contra os direitos humanos. O que tenho percebido, nos dirigentes sindicais, que fingem não ver estas questões e que vivem elogiando o ex-presidente é uma espécie de idolatria e quem idolatra, perde a capacidade de julgar e avaliar, porque mesmo com a categoria que representa estar sendo prejudicada continua apoiando um governo injusto. O que vemos é que com o fim do regime militar falaram muito em remover o entulho autoritário, mas parece que isso só foi feito para uma parte da sociedade. Contra os aposentados mantiveram o autoritarismo.
   É bom não esquecer que um Presidente da República é um funcionário público federal que chegou lá através do voto, ou seja, não prestou concurso, mas a exemplo daqueles que prestaram tem a obrigação de realizar um bom trabalho, tem que se colocar contra todo tipo de corrupção, tem obrigação de cumprir o que prometeu na campanha eleitoral, tem obrigação de honrar a palavra empenhada. Ora um presidente que ao final do mandato tinha 83% de preferência eleitoral tinha apoio suficiente para por em prática a recuperação das perdas dos aposentados cuja defasagem já passa dos 80%. Não o fazendo submeteu-se aos ditames do F.M.I. e como ele próprio diria, nunca antes nesse país as tais elites de quem ele reclama, bancos, empreiteiras, etc, tiveram tanto lucro. Não cumpriu promessas de campanha, afastou-se dos companheiros de luta que o ajudou a chegar lá, não melhorou nada e ainda piorou o que já era ruim.

Etevaldo Santiago de Araújo - Presidente


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