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A PUNIÇÃO



   Temos denunciado em nossos Informativos a posição intransigente em relação aos aposentados que o governo vem tendo desde Fernando Henrique Cardoso. Porque o que o governo vem fazendo contra os aposentados que ganham acima do mínimo é uma punição. Vejamos: toda punição decorre de alguma falta cometida. Qual foi a falta cometida pelos aposentados? Será que o fato de terem acreditado num Contrato Social existente, proposto por ambas as partes e avalizado pela sociedade, caracteriza falta tão grave? Alem disso toda punição tem que ser precedida de julgamento onde a parte acusada tem direito de defesa.
   Houve crime? Houve julgamento? Houve alguma defesa? Houve ao menos acusação?
   Não houve crime. Houve sim punição praticada por meia dúzia de burocratas, que mudaram as regras do jogo com a partida em andamento, ou seja, rasgaram o Contrato Social existente, sem discutir com o outro lado.
   Na velha ordem da ditadura havia um mandatário falastrão, conhecido como presidente Figueiredo, que dizia “prendo e arrebento” ou “não gosto de cheiro de povo, prefiro cheiro de cavalo”, por isso quando ficou doente do coração e foi se tratar nos Estados Unidos, alguém em praça pública empunhou um cartaz que dizia: “EXPLODE CORAÇÃO”. Na nova ordem em que Lula, outro falastrão, que como dizem, fala pelos cotovelos sem se importar se vai ou não cumprir o que prometeu, já despertou tanto desprezo que por ocasião da viagem a Roma, para o sepultamento do Papa, ouvimos muitas pessoas dizerem: “que bom se esse avião caísse”. Quando governantes e ex-governantes, despertam tanta antipatia, indiferença e desprezo, é porque suas administrações foram um fiasco que ao invés de ter mudado o país para melhor instalaram o caos e a desorganização. Os dois presidentes foram igualmente injustos para com os aposentados.
   Qual a diferença entre Fernando Henrique e Lula?
   Sabemos que Fernando Henrique é professor e Lula não, pore m certamente foi um excelente aluno, pois aplicou fielmente o que o professor ensinou, porque conseguiu ser ainda pior quando vetou um aumento aprovado pela Câmara dos deputados. Antes, em reunião de que participamos sobre esse assunto, e que estava presente o senador Paulo Paim, este disse: “o presidente me garantiu que se a Câmara aprovar, ele não veta”. Eu disse para quem estava ao meu lado: “Ele não conhece o Lula, ele nunca mantém a palavra empenhada, e pode crer, ele vai vetar”. - O veto ao aumento de 16,67% aconteceu em 11/07/2006. - O veto ao Fator Previdenciário em 15/06/2010. Até hoje a Câmara não foi convocada para derrubar esses vetos.
   Recordemos que todos os presidentes da Câmara dos deputados pertenceram ao PT ou a chamada base aliada. O presidente da Câmara pertence (em tese) a um poder independente, mas eles agiram não como representantes do povo e desse poder independente, mas sim como servidores do Presidente da República.
   Ao agir assim, abdicaram da independência que a Constituição lhes garante, tornaram-se servidores do outro poder se sentiram subordinados e passaram a ser subservientes.
   Cito a seguir os nomes dos que ocuparam a presidência da Câmara, e ficaram contra os aposentados desde que Lula ocupou a Presidência da República: Efraim de Morais PFL 2002-2003; João Paulo Cunha PT 2003-2005; Severino José Cavalcante PP 2005; José Aldo Rebelo PCdoB 2005-2007; Arlindo Chinaglia PT 2007-2009; Michel Temer PMDB 2009-2010; Marco Aurélio Maia PT 2010-2013.
   Não coloco nesta lista o atual presidente, porque diante do fato de ele já ter recebido representantes da COBAP, pode ser que se disponha a atender as reivindicações dos aposentados, por enquanto tudo ficou apenas na promessa.
   Os que por lá passaram, ao invés de pôr o mandato a serviço do povo que os elegeu, serviram apenas a um presidente autoritário. Portanto pode-se afirmar que não existe nada mais parecido com um político de direita que um político de esquerda quando chega ao poder.

Etevaldo Santiago de Araújo - Presidente


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