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Editorial de Setembro de 2012



ELEIÇÕES

       Teremos eleições. Sempre que falamos de eleições, lembramos-nos de duas coisas:

1ª - Democracia.
2ª - Direito de votar.

       A democracia permite esse direito, mas muitas pessoas acham que o voto sendo obrigatório, deixa de ser um direito e passa a ser uma imposição. Essas pessoas não deixam de ter razão, já que numa democracia plena a pessoa deveria decidir votar ou não.

       Sendo obrigatório, temos meia democracia, principalmente pelo fato de a maioria dos políticos não cumprirem o que prometeram em campanha, além do que em diversas oportunidades legislam em causa própria. Aproximam-se as eleições. Os políticos movimentam-se, fecham acordos. Aliam-se. Separam-se. Adversários de ontem, hoje são aliados. Aliados de ontem, hoje são adversários. Faz parte do jogo. O que aparece na propaganda no horário político é apresentado como vitória de um determinado grupo, como se fosse um favor prestado ao povo e não como conquista deste. E o que se passa no submundo da política é qualquer coisa de sórdido porque sabemos que o que eles ganharão de salário “normal” em quatro anos de mandato não cobre o que gastaram em campanha, no entanto, ao término do mandato estão mais ricos do que quando entraram. É o grande milagre da multiplicação dos sifrões, como diria Joelmir Beting, a milagrosa matemágica. Não dá pra generalizar e dizer que todos são desonestos, ainda existe pessoas em quem podemos confiar, mas uma grande parte que deveria se dedicar a resolver os problemas da população se mostra omissa ou incompetente. Em nível nacional, no que se refere ao segmento dos aposentados a situação piora, tanto que um ex presidente da República chamou os deputados federais de 300 picaretas e depois se serviu deles para rebaixar ano a ano as aposentadorias daqueles que ganham acima do salário mínimo. Equiparou-se aos picaretas. Os parlamentares federais dão-nos a impressão de que entre eles não existem pessoas que tem pai e mãe. Deve ser por isso que o Dr. Arnaldo Faria de Sá os chama de “filhos de chocadeira”.

       É como se no Parlamento não existissem pessoas com visão, capazes de enxergar que esse achatamento brutal e desumano dos benefícios, só acelera a miséria entre nós. Que essa política de aumento da pobreza não resolve os problemas do Brasil. Por trás disso tudo existe o propósito declarado de destruir a Previdência Social Pública e promover sua privatização para alegria dos banqueiros cuja ganância não tem limite e agonia dos aposentados que ganham cada vez menos.

       Tanto é verdade eu a imprensa nos informa eu o lucro dos bancos em 2011 foi de 49,4 bilhões. Resultado 14,48% maior do que em 2010. Como diria aquele ex presidente “nunca antes neste país...” os bancos lucraram tanto.

       Voltemos às eleições. Estamos em mais uma campanha eleitoral. Nas fotos os políticos estão sempre sorrindo. E o sorriso no rosto deles faz-nos perguntar se estão rindo da despreocupação ou se estão debochando de nós eleitores, porque do jeito que muitos deles conduzem seus mandatos fica a impressão de que o deboche faz parte da sua natureza. É um comportamento que causa em todos nós grande decepção.

       Apesar disso não desanimamos e embora nossa Associação não tenha vínculo partidário, não perdemos a esperança, porque acreditamos na democracia e recomendamos sim o voto. Vale repetir, ainda existem pessoas honestas que merecem nossa confiança. Conclamamos, portanto, nossos associados e aos aposentados em geral a que não se acomodem, não deem a idade como desculpa para não votarem, pratiquem a cidadania, mostrem que não estão satisfeitos com os desonestos que infelicitam a vida de cada um de nós. Não se dispersem, não fiquem ausentes porque como muito bem escreveu em nosso jornal o Dr. Marcelo Klibis “ a ausência dos idosos na urna pode representar um “esquecimento” pelo Poder Público “desses indivíduos”na busca por seus direitos. O idoso colocado à margem na participação deste processo pode representar sua exclusão dos processos decisórios.”

       Lembramos ainda que nós, aposentados, somos 25 milhões em todo o Brasil e que podemos sim fazer a diferença em cada uma das cidades em que residimos.

       Mais uma vez apelamos para que compareçam às urnas e fiquem vigilantes, não se deixando enganar principalmente por aqueles espertalhões que já tendo exercido mandato, nada fizeram pela sociedade, tendo apenas aumentado seu patrimônio pessoal. Esses indivíduos pretendem apenas continuar a enganar com discursos demagógicos. Colabore para que juntos possamos exigir dos políticos em todos os níveis, de vereador a presidente da República, que coloquem em sua agenda atitudes de honestidade, solidariedade e a cultura do amor. Amor pela humanidade, amor pela natureza, amor pelas coisas que compõe o cotidiano das pessoas, tais como Educação, Segurança, Alimentação, cuidados com a Natureza, amparo à velhice e acima de tudo amor e respeito pela honestidade e pela ética.

Etevaldo Santiago de Araújo - Presidente


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