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SUCESSO NA CARREIRA E NA VIDA



       Representante do Brasil no Boxe internacional, Servílio de Oliveria trilhou uma carreira vitoriosa. Ele transferiu para sua vida todo o aprendizado que adquiriu no esporte.

       Morador da cidade de Santo André e afiliado em nossa Associação, Servílio de Oliveira concedeu entrevista onde narra os caminhos que percorreu desde o inicio de seu interesse pelo esporte até os dias de hoje. Estudante de Direito, ele incentiva os idosos a continuarem ativos para obter uma vida mais saudável e, ao lado da esposa Victoria, segue como exemplo para os filhos, netos e toda a juventude que vai construir o futuro do Brasil.

ASSOCIAÇÃO - O sr. está aposentado?
Servílio de Oliveira - Me aposentei em 1996. Juntei anos de trabalho mais insalubridade, o que tornou possível a minha aposentadoria.

ASSOCIAÇÃO - O sr. está estudando?
Servílio de Oliveira - Faço curso de Direito. Estou no quinto semestre.

ASSOCIAÇÃO - Como representou o Brasil em outros países, o sr. reivindicou bolsa de estudo para fazer esse curso?
Servílio de Oliveira - Sim, mas não foi possível e estou pagando meu curso. As faculdades oferecem bolsas para um ou outro atleta que elas tenham interesse.

ASSOCIAÇÃO - Quais foram suas medalhas mais significativas?
Servílio de Oliveira - Ganhei medalha em Winnipeg, no Canadá, em 1967, no Chile em março de 1968, e no México em outubro de 1968.

ASSOCIAÇÃO - O que o sr. traz de alegria e de tristeza do esporte?
Servílio de Oliveira - O esporte foi o que me direcionou para a vida e proporcionou tudo que tenho. Minha família, minha esposa Victoria, eu conheci através do esporte. A medalha que ganhei no México me eternizou como esportista. Eu tenho mais alegrias que tristezas.

ASSOCIAÇÃO - O sr. tinha algum tipo de patrocínio?
Servílio de Oliveira - Não tive ajuda de ninguém. Eu trabalhava na Pirelli, entrava às 8h e saia às 17h. Para fazer a parte física eu tinha que pular o muro do clube. Depois do trabalho voltava pra fazer a parte técnica. Foi uma época romântica. Hoje em dia os atletas têm patrocínio. Naquela época não tinha nada disso.

ASSOCIAÇÃO - Com que idade o sr. se interessou pelo esporte?
Servílio de Oliveira - Comecei a me interessar pelo esporte quando surgiu o Eder Jofre. Foi em 1959, e a grande meninada, principalmente da periferia, queria ser um Eder Jofre. E eu não fugi disso. Meu irmão me levou para assistir um filme no cine Soberano, no Ipiranga e, naquela época, tudo que havia de interessante durante a semana passava no Canal 100. Vi uma luta do Eder Jofre contra um filipino, chamado Danny Kid. A partir daí me entusiasmei. Em 1966 comecei a lutar oficialmente, e a ganhar títulos.

ASSOCIAÇÃO - O sr. lutou sempre na mesma categoria?
Servílio de Oliveira - Sempre lutei nas categorias Mosca e Galo. Quando era luta importante, valendo título, lutava na categoria Mosca.

ASSOCIAÇÃO - O sr. tem o histórico das lutas que venceu?
Servílio de Oliveira - Tenho na memória. As vitórias são como o nascimento de um filho, você não esquece. No boxe amador fiz 35 lutas, ganhei 30 e perdi 5. E no boxe profissional fiz 20 lutas e ganhei todas.

ASSOCIAÇÃO - Quais as consequências dessas lutas?
Servílio de Oliveira - A única sequela foi um deslocamento de retina, foi algo que tinha de acontecer. Tive força para seguir adiante. Não é fácil atingir o estágio que eu atingi. Cheguei a terceiro no ranking mundial.

ASSOCIAÇÃO - O sr. Tem um recado para os nossos leitores?
Servílio de Oliveira - Quero dizer para o aposentado como eu, não se acomodar. Se tiver vigor físico, continuar trabalhando. Fazer esportes, caminhadas, que isso traz longevidade.

Mais informações sobre o atleta, acessar a sua pagina na internet pelo endereço: http://www.serviliodeoliveira.com.br


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