Levantamento da Secretaria Estadual de Saúde mostra que houve ligeiro aumento de internações por fratura de fêmur em maiores de 60 anos no ABCD. Enquanto em 2010 foram registradas 645 internações, em 2011 esse número subiu para 650, o que representa quase dois casos por dia. No Estado de São Paulo, 32 idosos são internados diariamente devido à fratura do fêmur. Somente em 2011 foram 11,6 mil internações das quais 7,9 mil foram mulheres.

Comparado com o ano de 2001, quando foram notificadas 6,8 mil internações no Estado, em dez anos houve um aumento superior a 70% no número de idosos que sofreram fraturas de fêmur. Em relação ao número de óbitos, o aumento registrado em dez anos foi de 86%, passando de 331 em 2001 para 617 mortes em 2011. O ABCD não registrou óbitos causados por quedas.

De acordo com o coordenador médico do IPGG (Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia), Anderson Della Torre, o pico de massa óssea dos seres humanos ocorre por volta dos 25 anos. A partir daí, inicia-se uma perda de massa contínua e progressiva. "Para as mulheres, essa perda se intensifica durante a menopausa, o que pode explicar o maior número de fraturas no sexo feminino", avaliou.

Torre destacou ainda que, com o aumento da expectativa de vida, a fratura do fêmur, maior osso do corpo humano, é mais grave e pode gerar imobilidade. "Por conta disso, na maioria dos casos pode ser necessária intervenção cirúrgica para corrigir a fratura", destacou.

A geriatra do Hospital e Maternidade Brasil Giuliana Forte avaliou que a perda óssea também está atrelada a outros fatores. "Sedentarismo, uso de medicações e tabagismo são alguns dos fatores que levam à perda de massa óssea. No primeiro caso, também há a perda da massa muscular", enfatizou a médica.

Além disso, Giuliana destacou que há fatores que aumentam o risco de quedas como morar sozinho, artrite nos joelhos, diminuição da visão, distúrbios de equilíbrio corporal. "Esses fatores aumentam a predisposição dos idosos a caírem”, disse.

Para evitar quedas, os idosos devem adaptar os ambientes em que estão as suas necessidades, como remover tapetes, carpetes e degraus, para evitar escorregamentos ou tombos. "Também é necessária a utilização de um calçado especial e mais cautela nas atividades do dia a dia", afirmou a geriatra.

Porém, Giuliana enfatizou que a melhor forma de evitar possíveis quedas é a prática de atividade física. "O idoso que pratica exercícios consegue melhora na marcha quando anda, tem postura melhor e massa muscular" afirmou.

Fonte : Divulgado no ABCDMAIOR de 09 e 10 de agosto de 2012. – Jornalista: Vladimir Ribeiro .